Como Otto não tinha dinheiro o suficiente, ele usava sempre a mesma roupa, um pano branco, amarrado na cintura. Zeia, como era rico, usava cada dia uma roupa diferente, um dia era um pano vermelho amarrado na cintura, já outro dia era um pano amarelo, e assim por diante. 

   Quando os dois irmãos foram passar um tempo na casa de Zeia, Otto não conseguia se acostumar com aquele ambiente, havia muitos movéis, muitas roupas, muitas coisas, ele já havia se acostumado com sua humilde e simples casa. Zeia, vendo que seu irmão sempre usava a mesma roupa, decidiu dar à ele novas vestimentas. Otto não quis ficar com os panos, pois não gostaria de parecer algo que ele não é, e por ser uma pessoa justa deu os panos para pessoas que nem sequer tinham algo para vestir. Mesmo Otto se esforçando ao máximo para se acostumar na casa de seu irmão, com todas aquelas coisas, e enfeites nas paredes, não conseguia, só pensava em sua casa. 

   

Já que Otto e Zeia não tinham a menor idéia de como voltar para casa eles foram procurar na aldeia ao lado já que também era controlada pelo governo asteca, acharam uma mulher muito generosa chamada Zendaya, então eles contaram que Zeia estava doente e que eles tiveram que vir para Veracruz, pra que o seu irmão mais velho o curasse , mas como ele era um homem ganancioso, Ezyquiel teve que se sacrificar para que Zeia ficasse bem. A mulher ficou muito sentida com com o que acabara de ouvir e como era rica decidiu entregar dinheiro a eles para que pudessem voltar para casa. Quando chegaram lá, depois de meses viajando ficaram muito aliviados por Zeia estar curado e por estarem em casa, também estavam muito mais muito agradecidos por Zendaya ter dado o dinheiro que precisavam.

 Mas Ezyquiel não desistiu e sugeriu a Otto que viajasse com ele para visitar seu irmão mais velho, que era um sacerdote muito mais sábio e experiente Ipalnemohuani que morava na cidade de Veracruz. Otto estava desesperado iria fazer qualquer coisa para curar seu irmão, mas era muito pobre para pagar a viagem. Então ofereceu uma de suas esculturas mais preciosas pela viagem sua estátua de argila da deusa Tlazolteotl. Com ela conseguiu com que um artesão que ia embora da feira levasse Zeia e Ezyquiel para Veracruz em seu grupo de canoas.
 Ao chegarem em Veracruz foram direto para o templo onde Ipalnemohuani estava, e Ezyquiel implorou para seu irmão que curasse Zeia. Ipalnemohuani ao contrário de Otto era um homem ganancioso e disse que faria uma homenagem ao deus Xochiplli para curar Zeia, mas precisaria de um sacrifício humano. Ezyquiel aceitou ser sacrificado, pois sabia que Zeia logo morreria e avia jurado a Uitzilolopochtli que curaria Zeia.
 Logo depois o povo se reunio e Ezyquiel foi sacrificado as homenagens de Xochiplli, logo na manha seguinte Zeia que parecia quase morto, estava de pé firme e saldável novamente seu único problema era que Zeia e Otto não faziam ideia de como voltar para casa.

  Um dia Otto não aguentou mais ver seu irmão doente. Todo santo dia, ele tentava fazer de tudo para recuperar Zeia, completando quase um mês de tentativas. Alguns dias ele até chorava com medo de Zeia morrer.
   Até que chega um dia que, Zeia fica mais doente ainda. Otto não sabia o que mais fazer para curá-lo, então, de repente, teve uma ótima ideia. Como na época acreditava-se muito na fé de Deus, Otto decidiu imediatamente ir até o Templo louvar-se a Deus.
   Ao chegar lá, encontrou um belo sacerdote, chamado Ezyquiel. Ezyquiel rezou e louvou a Deus junto com Otto e Zeia pelo bem de todos, principalmente pelo de Zeia.
   Passa-se três, quatro dias, e Zeia não cura-se. Segundo Ezyquiel, após quatro dias da louvação a Deus, este faria o pedido das rezas, porém não aconteceu nada. Otto não sabia realmente o que fazer para Zeia, pois nem Deus conseguiu ouvi-lo. Ezyquiel decepciona-se e quase suicida-se por falhar na ajuda de dois pobres homens.
 
 

   Zeia e Otto estavam muito felizes, não paravam de se abraçar e cada um contou como foi que chegou até onde estava naquele momento, e então como eram bem diferentes, decidiram que passariam um tempo na casa de Otto e depois iriam juntos para a casa de Zeia assim conheciam melhor a vida um do outro. Então foram para a casa de Otto. 

   No dia seguinte Zeia estava se sentindo muito mal, tinha dor de cabeça, espirrava, estava fraco e com muita tosse. Otto não sabia o que fazer mas como era bondoso faria de tudo para descobrir o que tinha acontecido. Pediu ajuda para todos mas ninguém quis ajudá-lo, até que um homem apareceu e decidiu ajudar, o homem se lembrou de como algumas pessoas ficavam fracas ao ficarem ao lado de tanto pó, mas Otto disse que era bobeira e o ignorou sem fazer nada a respeito, cada dia passava e Zeia ia ficando pior e cada vez mais difícil de ser curado.

   Otto decidiu limpar a casa inteira que era cheia de pó por todos os lados faria de tudo para que seu irmão se curasse, mas nem isso adiantou, Zeia já estava doente demais, seria muito difícil curá-lo.   

 Otto só não sabia que, uns quilometros adiante havia um homem que era filho do seu mesmo pai, chamado Zeia, um dos homens mais ricos da aldeia ao lado.
 A feira foi inaugurada, iam ser 15 dias de ida e volta de homens de todos os lugares. Otto aproveitou a feira e foi vender alguns de seus trabalhos para ganhas uns trocados. Mas não fazia a menor ideia de que seu irmao, estaria la a procura de especiarias chinesas.
 No quinto dia da feira Zeia foi à procura de esculturas de argila e encontrou a barraca de Otto. Os dois começaram a conversar e Otto perguntou seu nome. Otto ouvia as histórias da mãe sobre a sua família, e quando ouviu que era Zeia soluçou e gritou: "irmão!". Zeia não entendeu no começo mas seu irmão o explicou tudo, e então Zeia deu uma abraço no irmão, e disse: "que felicidade encontrei meu irmão!"

   Tudo começa em 1330, em uma cidade chamada Tenochtitlán (fundada em 13 de Março de 1325, no Império Asteca, conhecida hoje em dia como “Novo México”), um homem chamado Otto, de 46 anos, morava no lugar mais pobre de Tenochtitlán, ele também era o mais pobre da região, morava em uma casa onde só havia panos no chão, um em cima do outro, onde lá, ele dormia, havia também suas esculturas com argila (por ser artesão), comidas em cesto, uma cadeira com roupas e nada mais. Porem, ele era feliz... Admirado por todos de sua região, pelo seu caráter, pelo seu bom humor,  pelo esforço que ele tem pela vida e pelo seu trabalho.
    Ele ajudava á todos, dava conselhos que ninguém mais dava a ninguém, um homem que se alguém chorasse, ele ia correndo ajudar, um homem justo na vida, sem brigar ou falar mal de ninguém, um homem que todos queriam ser, um exemplo.
    Ele fazias escultoras que ninguem mais sabia fazer ou imitar, quando ele fazia suas obras, se inspirava , se dedicava ao seu trabalho, tinha muito orgulho de dizer que ele era um artesão.